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Vírus Ebola pode ressurgir em sobreviventes anos após infecção, diz estudo

  • Foto do escritor: ocarcaranews
    ocarcaranews
  • 19 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

O vírus Ebola é um dos mais letais do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde a taxa de mortalidade fica em torno de 50%, mas pode chegar a 90% em alguns locais com sistema de saúde fragilizado. Ainda assim, sobreviver a doença não significa que o paciente está livre do vírus.

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Segundo um artigo publicado na revista Nature, no começo de 2021 a Guiné enfrentou um novo surto de Ebola, entre 14 de fevereiro e 19 de junho. Os novos casos ocorreram sete anos após o país ter sofrido uma epidemia da doença e depois da OMS ter considerado o local livre do vírus.


No entanto, o sequenciamento do genoma dos novos casos indica que eles não são resultados de uma nova contaminação. Ou seja, o vírus não passou novamente de um animal para um humano. A linhagem de 2021 mostra que o Ebola ficou presente em sobreviventes durante esse período e voltou a se manifestar depois de aproximadamente cinco anos.


Essa conclusão é possível ainda devido ao fato de o vírus encontrado em 2021 ser praticamente o mesmo da epidemia anterior. Depois de tanto tempo era esperado que ele tivesse sofrido severas mutações. No entanto, ao permanecer escondido em humanos, isso não ocorreu.


Assim como outros vírus, o Ebola surge em algumas espécies de morcego, que por sua vez contaminam outros animais, que passam a doença para os humanos. Até então a expectativa era de que esse novo surto em 2021 tivesse surgido dessa forma.


Surto de Ebola

A ideia de o vírus permanecer por anos no corpo humano após a infecção não é totalmente nova, mas até então não haviam muitos relatos dos sintomas voltando a se manifestar em pacientes sobreviventes da doença.


O surto de 2021 foi bem menos letal que a epidemia que ocorreu há alguns anos. Enquanto em 2021 a Guiné teve seis mortos, entre 2013 e 2016 foram mais de 11 mil óbitos, muitos também em países vizinhos.


Os pesquisadores agora tentam entender o que leva o vírus a se reativar em pessoas mesmo anos após a recuperação. Há uma preocupação também que o estudo cause um estigma que faça com que os sobreviventes sejam considerados pessoas com capacidade de transmissão, o que ainda não pode ser concluído.


Fonte Olhar Digital

 
 
 

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