top of page
Foto do escritorocarcaranews

Síndrome de Burnout: a "Doença do Trabalho"

"Se esticarmos demais a corda da cítara ela se rompe, se não a esticamos suficiente, ela não produz música.” Siddhartha Gautama, conhecido como Buddha


De tempos em tempos, a Organização Mundial da Saúde lança uma nova versão do CID – Classificação Internacional das Doenças – cujo objetivo é muito mais do que incluir ou excluir doenças, mas estar atenda as necessidades das sociedade moderna, dos seus profissionais de saúde, do desenvolvimento científico, buscas de novos medicamentos, tratamentos para promover a saúde física e mental de nós, os seres humanos. A 11ª revisão do CID ocorreu na 72ª assembleia em 2019 e passa a valer em janeiro de 2022

Entre as novas atualização, destaco a inclusão da Síndrome de Burnout – tema de um texto que eu publiquei aqui no Carcara News há exatamente um ano (clique aqui)

Portanto tempo suficiente para trazermos novamente este tema, pois agora que está


incluso no CID-11, quais então são os sintomas desta doença:

  1. sensação de esgotamento;

  2. cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho;

  3. ·eficácia profissional reduzida.


Em entrevista para a Exame, médico, psiquiatra, PhD e professor da Fundação Dom Cabral, Roberto Aylmer, a mudança na classificação faz a relação da doença com o ambiente de trabalho e traz uma interpretação direta e indireta de responsabilidade da empresa sobre a saúde integral dos funcionários.


“É claro quando colocam como uma doença relacionada ao trabalho, e não ao trabalhador. O estresse mal administrado se torna um problema crônico relacionado ao local de trabalho e problemas de gestão da empresa”, Dr. Roberto Aylmer.


A questão não é simplesmente de quem é a responsabilidade, isto é algo que vai para além de atribuir culpados, e compreender de fato o que está sendo exigido, e se isto não está afetando a saúde global do indivíduo.


Vejamos o caso da repórter Izabella Camargo, relatado em seu livro “Dá um tempo” e em suas redes sociais, seu horário de trabalho era entrar no ar na maior rede de televisão aberta do país às 5h00 da manhã, e sentia-se pressionada para não atrasar, que chegava às 3h00 e dormia no carro. Além das pressões do seu cargo e busca do perfeccionismo inalcançável.



Isto é um caso em milhões espalhados pela dia a dia, pessoas sejam em cargos assalariados, funcionários públicos concursados (por que não?) e empreendedores que se vem pressionados por demandas cada vez maiores, clientes, tecnologia, concorrência, pandemia, instabilidade econômica e mudanças em diversos níveis, inclusive as climáticas. Sobra pressão para corda da citara, uma hora estoura.


O que fazer, psicóloga? Não deixar para depois o ativo fixo mais importante da sua vida: você!


Sabe aquele planner que você tem na sua mesa, coloque tempo para você: tempo para dormir, para estar com pessoas que te dão suporte, tempo para se alimentar, beber água e respirar.


Muito se fala de autoconhecimento, e sim é muito importante, mais assim como, é preciso desenvolver o autorrespeito, que é a capacidade de saber quando é hora de para de ceder, antes que você se arrebente.


“A vida passa rápido demais; e se você não parar de vez em quando para vive-la, acaba perdendo seu tempo.” Ferris Buller, Curtindo a vida adoidado





Psicóloga Masilvia Diniz

@psicomasilviadiniz

Psicóloga Clínica - CRP-06/89266



Atendimento Online para Brasileiros que vivem no Mundo.



4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page