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O que investigação revelou sobre caso de professora enterrada no jardim

Oito anos após o misterioso desaparecimento de uma professora aposentada, a Polícia Civil acredita ter solucionado o caso, reaberto após o corpo da vítima ter sido encontrado por acaso sob lírios no jardim da casa onde ela morava antes de desaparecer.

Segundo a investigação da polícia, o principal suspeito do crime é o jardineiro que trabalhava para Carmem Morales. Ele foi indiciado e aguarda julgamento em liberdade.


Carmem tinha 62 anos e morava sozinha em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Ela desapareceu em agosto de 2013. Anos mais tarde, em janeiro de 2021, uma família que havia alugado sua residência encontrou a ossada da mulher enterrada no jardim do imóvel.


No fim de julho, a BBC News Brasil contou sobre esse caso. Na reportagem anterior, a família que encontrou a ossada pediu que os nomes fossem alterados no texto porque a apuração sobre o crime ainda não havia sido concluída. Desta vez, os nomes reais serão citados.


A Polícia Civil de Ubatuba voltou a apurar o caso. Em agosto, a investigação foi concluída e apontou o principal suspeito do crime.


Oito anos após o misterioso desaparecimento de uma professora aposentada, a Polícia Civil acredita ter solucionado o caso, reaberto após o corpo da vítima ter sido encontrado por acaso sob lírios no jardim da casa onde ela morava antes de desaparecer.

Imagem atual do jardim após proprietária da casa ser encontrada enterrada no local

Segundo a investigação da polícia, o principal suspeito do crime é o jardineiro que trabalhava para Carmem Morales. Ele foi indiciado e aguarda julgamento em liberdade.


Carmem tinha 62 anos e morava sozinha em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Ela desapareceu em agosto de 2013. Anos mais tarde, em janeiro de 2021, uma família que havia alugado sua residência encontrou a ossada da mulher enterrada no jardim do imóvel.


No fim de julho, a BBC News Brasil contou sobre esse caso. Na reportagem anterior, a família que encontrou a ossada pediu que os nomes fossem alterados no texto porque a apuração sobre o crime ainda não havia sido concluída. Desta vez, os nomes reais serão citados.


A Polícia Civil de Ubatuba voltou a apurar o caso. Em agosto, a investigação foi concluída e apontou o principal suspeito do crime.


Oito anos após o misterioso desaparecimento de uma professora aposentada, a Polícia Civil acredita ter solucionado o caso, reaberto após o corpo da vítima ter sido encontrado por acaso sob lírios no jardim da casa onde ela morava antes de desaparecer.


Segundo a investigação da polícia, o principal suspeito do crime é o jardineiro que trabalhava para Carmem Morales. Ele foi indiciado e aguarda julgamento em liberdade.


Carmem tinha 62 anos e morava sozinha em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Ela desapareceu em agosto de 2013. Anos mais tarde, em janeiro de 2021, uma família que havia alugado sua residência encontrou a ossada da mulher enterrada no jardim do imóvel.


Carmem Morales tinha 62 anos quando desapareceu em agosto de 2013

No fim de julho, a BBC News Brasil contou sobre esse caso. Na reportagem anterior, a família que encontrou a ossada pediu que os nomes fossem alterados no texto porque a apuração sobre o crime ainda não havia sido concluída. Desta vez, os nomes reais serão citados.


A Polícia Civil de Ubatuba voltou a apurar o caso. Em agosto, a investigação foi concluída e apontou o principal suspeito do crime.


Em agosto de 2013, conforme a polícia, o acusado esteve na casa da vítima. Nesse período, ele teria matado Carmem de forma violenta porque queria "obter vantagem econômica". Segundo o inquérito, ele enterrou a vítima no jardim "visando garantir a impunidade do delito".


A perícia não conseguiu apontar a forma como ela foi morta, mas segundo a polícia não há indícios de tiros ou facadas, por isso uma das suspeitas é de que ela tenha sido estrangulada.


De acordo com a apuração da Polícia Civil de Ubatuba, ele fugiu com o carro de Carmem após enterrá-la no jardim. No veículo da vítima, havia objetos da residência dela, como um violão e uma cafeteira, e a bicicleta do acusado.


Dois homens estavam perto da casa de Carmem no momento da fuga e relataram que o acusado fugiu do local "cantando pneu". Pouco depois, segundo a polícia, ele deixou o automóvel cair em uma valeta em uma rodovia e fugiu na bicicleta, carregando o violão da vítima.


Nessa fuga, conforme a investigação, um guarda civil encontrou o suspeito carregando o violão na bicicleta. O acusado chegou a ser parado e revistado, mas, segundo o guarda, ele não carregava nada de ilícito e não figurava como procurado pela Justiça. "Naquele momento também não havia notícia do desaparecimento de Carmem ou alguma queixa referente ao seu veículo, razão pela qual o denunciado foi liberado", detalha o inquérito policial.


Posteriormente, o automóvel de Carmem, com diversos objetos da vítima, foi encontrado por guardas civis e policiais militares.


O vizinho de Carmem reconheceu o homem que saiu com o carro dela na época em que a idosa desapareceu, segundo o inquérito policial. O guarda civil também reconheceu o suspeito como o homem que estava em uma bicicleta após o carro da vítima ser encontrado.


Imagem feita antes de localização de desaparecida mostra lírios-da-paz em parte em que Carmem foi enterrada

O processo sobre a morte de Carmem

Quando concluiu a investigação, em 4 de agosto, a Polícia Civil de Ubatuba encaminhou o inquérito ao Ministério Público Estadual de São Paulo, que dias depois ofereceu denúncia contra o suspeito por latrocínio e ocultação de cadáver, além de pedir a prisão preventiva (antes do julgamento, por tempo indeterminado) dele.


"No caso dos autos, o denunciado ceifou a vida da vítima e ocultou o corpo para garantir a impunidade do crime patrimonial, o que denota sua extrema periculosidade, personalidade violenta e marcadamente deturpada, além de total desprezo pela vida humana, sendo o cárcere cautelar imprescindível para resguardar o corpo social e também para garantir a aplicação da lei penal", assinalou o promotor de Justiça Fernando Fietz Brito, ao solicitar a prisão preventiva do acusado.


Ao aceitar a denúncia contra o suspeito, por considerar que há elementos suficientes para iniciar um processo criminal, o juiz Eduardo Passos Bhering Cardoso, da comarca de Ubatuba, negou o pedido de prisão preventiva contra o acusado. O magistrado argumentou que essa medida, usada quando há urgência para a prisão, deve ser determinada quando envolve um fato recente.


"O presente crime ocorreu em 2013, há 08 (oito) anos, prazo este não compatível com o requisito da contemporaneidade. Além disso, não há notícias de fatos novos a justificar a decretação da prisão preventiva para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal", assinalou em meados do mês passado.


O juiz ainda destacou que uma análise inicial do caso indica que o acusado roubou o carro e outros bens da vítima. Porém, ressaltou que não há, ao menos por ora, "indícios de autoria suficientes para decretar a prisão preventiva do investigado".


Segundo o magistrado, não há elementos suficientes para determinar previamente, antes do aprofundamento do caso e do avanço do processo, "que o investigado matou a vítima". Como o processo ainda está em fase inicial, não há prazo para julgamento. Ao menos por enquanto, o réu responderá à Justiça em liberdade.



Fonte BBC NEWS

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