"Nem toda brincadeira é pra criança" Analise do novo sucesso coreano da Neflix - Round 6/Squid Game
- ocarcaranews
- 28 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Round 6 ou Squid Game é o mais novo grande sucesso da Netflix. Está com a colocação TOP 1 Global no serviço de streaming, a primeira vez que uma produção sul coreana alcança esse marco. Não foi diferente aqui no Brasil onde ocupou o mesmo lugar durante todo o final de semana.
O enredo gira em torno de uma competição centrada em jogos infantis, cujo objetivo é fazer com que 465 pessoas lutem por um prêmio bilionário.
No início da trama, os participantes são abordados em uma estação de metrô pelo personagem do ator Gong Yoo, queridinho das dorameiras por seus papéis em Coffee Prince e Goblin, e desafiados a jogar Ddakji um jogo infantil coreano.
É apresentado ao protagonista Seong Gi-Hun, em uma cena claramente inspirada em Matrix, a escolha entre o envelope azul ou o vermelho? Depois do jogo, que acaba com pouco sucesso para Gi-Hun ele recebe um cartão com três formas geométricas e um telefone no verso. Se ele desejar participar de um jogo maior deve ligar para aquele número.
Os participantes são escolhidos pelo valor de suas dívidas, sejam elas com agiotas, bancos ou até crimes financeiros. Suas vidas estão tão imersas nas dívidas que parecem não terem nada a perder.Porém não sabia eles que para este jogo iriam abrir mão de seu maior bem, a própria vida. É impossível não fazer às séries de filmes Jogos Vorazes ou Jogos Mortais.
A série é dirigida por Dong-hyuk Hwang, um diretor especialista em temas como crueldade humana, são dele Silenced e A fortaleza. Para quem é um pouco mais sensível a sangue e ao instinto animalesco de sobrevivência humana, não recomendo assistir.
SPOILER
Ao longo de nove episódios tensos e eletrizantes, as histórias dos principais jogadores vão sendo contadas e a motivação para cada um estar ali é sempre desesperadora.
Um imigrante ilegal que não consegue receber os salários que lhe são devidos na fábrica em que teve um acidente, uma norte-coreana tentando cuidar do irmão mais novo e trazer a mãe da Coréia do Norte para a Coréia do Sul, um aluno brilhante de uma das melhores universidades da Coréia do Sul que perdeu muito no mercado financeiro e tantas outras que irão muitas vezes comover o expectador.
Kdramas
Fico ainda decepcionada com o grande público estar tão surpreso por uma produção sul coreana entrar em um ranking de mais assistidos. A memória parece muito curta quando se trata deste assunto, mesmo depois de dois anos consecutivos de forte presença entre os indicados e ganhadores do Academy Awards.
Precisamos falar da popularização das séries asiáticas durante a pandemia e o investimento milionário da Netflix nestas produções. Assuntos que abordo em outro texto aqui na coluna.

Mariana Beltrão é nordestina, nascida e criada no Recife – PE.
Jornalista por formação e coordenadora de museu há uma década, conheceu a esfera coreana no final do ano de 2016. Posso dizer que foi amor “à primeira maratona”, são mais de cem títulos assistidos e sempre uma lista infinita dos para assistir.
Espero compartilhar um pouco da cultura asiática com vocês.
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