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Sejam bem vindos ao Fora do ninho, a coluna sobre cultura oriental do Carcará News.
Neste primeiro encontro vamos conversar sobre a Onda Coreana, a crescente popularização da cultura sul-coreana no ocidente.
Também conhecida como Hallyu, termo foi criado pelos jornalistas de Pequim, que se surpreenderam com a crescente popularidade da cultura sul-coreana na China. Este fenômeno foi referido mais tarde como "Hánliú" (韓流), que significa "fluxo da Coreia".
Era o ano de 2012 quando todos os recordes do YouTube foram quebrados pelo cantor sul-coreano Park Jae-sang, mais conhecido pelo seu nome artístico Psy. Quem no mundo não ouviu, ao menos uma vez o seu maior hit Gangnam Style?
Gangnam Style foi apenas um dos picos da campanha de investimento em exportação da cultura coreana iniciada no início da década de 90. Primeiro, impulsionada pela disseminação de K-dramas televisivos através do leste, sul e sudeste da Ásia durante seus estágios iniciais, a onda coreana evoluiu de um desenvolvimento regional em um fenômeno global, devido à proliferação de música pop coreana (K-pop) através de MVs (os antigos videoclipes).
Atualmente, a propagação da onda coreana para outras regiões do mundo está mais visível entre adolescentes e jovens adultos na América Latina, o Oriente Médio, Norte da África, África do Sul, América do Norte e Europa.
Em 2020 teve o seu apogeu ao ganhar o Oscar de melhor filme com Parasita, o primeiro filme em língua estrangeira a ganhar na categoria principal. Com isso a procura por conteúdos produzidos pela Coréia do Sul cresceu bastante, a pandemia fez com que um novo público descobrisse as produções na Netflix. Em janeiro a empresa divulgou um investimento de US$ 700 milhões em produções sul-coreanas e para a construção de um estúdio destinado a Netflix Entertainment Korea.
Não posso deixar de falar do BTS, o primeiro grupo desde os Beatles a ter três álbuns no topo da Billboard em menos de um ano. Num mercado musical dominado pela indústria americana, o feito foi bastante comemorado. O grupo atua muito além da música em 2017 lançaram a campanha Love Myself uma parceria entre o UNICEF e o BTS pelo fim da violência dentro e no entorno das escolas.
Enfim, talvez o American way of life tenha sido substituído. A Onda Coreana é muito maior do que o kpop, kdramas ou kbeauty. Tornou-se um estilo de vida e valores que vem invadindo o mundo como um imenso tsunami.
Mariana Beltrão é nordestina, nascida e criada no Recife – PE. Jornalista por formação e coordenadora de museu há uma década, esta esfera coreana no final do ano de 2016.
Posso dizer que foi amor “à primeira maratona”, são mais de cem títulos assistidos e sempre uma lista infinita dos para assistir. E espera compartilhar um pouco da cultura asiática com vocês.
Convido você a contribuir com esta coluna. Deixe seu comentário o que achou do tema, experiências que queira dividir ou até indicar quais temas devam ser abordados.
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