Em entrevista ao O Carcará News, Fátima Santana fala sobre um pouco sobre gestão de pessoas, papel da mulher na gestão empresarial e mentoria.
Fátima Santana é graduada em Direito pela Universidade Federal do Ceara e Administração de empresas pela Unifor, com MBA em Gestão financeira e Controladoria - FGV e em conclusão o MBA de Gestão estratégica de pessoas - FGV.
Com formação em Mentoria Estratégica , pelo Creative Learning Institute , Gestão, Estratégia e Liderança - APG Sênior - Amana Key e A Busca por Excelencia com Foco em Resultados - Modelo Disney - IBEX e IDEPRO – Orlando/EUA.
Apaixonada por gestão e gente, atua como executiva há mais de 17 anos em empresas dos segmentos da indústria – FIEC , construção civil – COOPERCON e SINDUSCON e saúde – UNIMED FORTALEZA e HOSPITAL JORIO DA ESCOSSIA. Com foco em resultados, adepta de práticas inovadoras, eficazes e eficientes. Profissional generalista, responsável e protagonista de sua trajetória, tem a coragem de seguir sempre em frente, adaptando-se e reinventando-se na velocidade do mundo corporativo.
As mulheres estão assumindo, cada vez mais, os espaços de gestão corporativa ou ainda há resistência ou preconceito, nesse sentido?
R: Sim é verdade, ao longo dos anos, as mulheres estão avançando no mundo corporativo e conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, inclusive participando mais ativamente como líderes nas organizações. No entanto, representamos apenas 37% dos cargos de direção e gerência. Ainda somos minoria nos cargos de liderança das grandes empresas, mas essa realidade tende a mudar dentro das organizações, sobretudo, considerando que já foi constatado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, que empresas que tem mulheres em postos de liderança tem melhor desempenho em seus resultados.
No Trabalho de Mentoria e gestão de pessoas, quais a s habilidades que devem ser priorizadas em um grupo, organização ou empresa?
R: São atuações de uma certa forma distintas e complementares mas as competências Hard skills ( habilidades técnicas ) e Soft skills ( habilidades comportamentais) durante o período de pandemia também tiveram que ser trabalhadas e reavaliadas, Podemos elencar algumas indispensáveis: resiliência, criatividade, adaptabilidade, conexão com as pessoas, habilidades tecnológicas, visão sistêmica, capacidade de inspirar e motivar a equipe, delegar tarefas e alavancar os resultados da organização, colaboração, a capacidade de lidar com as adversidades, inteligência emocional, e empatia para citar apenas alguns.
Neste difícil tempo de pandemia, em que o teletrabalho é implantado, aulas remotas, dentre outras novas realidades estão acontecendo, como fica a gestão de pessoas?
R: É fato que em tempos de pandemia a área de gestão de pessoas foi uma das áreas mais impactadas e enfrentou um grande desafio. O Home office a meu ver é um caminho sem volta. O uso das plataformas como zoom, teams e outras, passaram a ser utilizadas com naturalidade e dessa forma as áreas permanecerem alinhadas e engajadas. Se fazendo presente junto as equipes, motivando-as, acompanhando-as, engajando, e acima de tudo cuidando da saúde mental de suas equipes... foi preciso fazer uso da criatividade e da tecnologia para que as empresas se mantivessem ativas.
As empresas tem percebido a necessidade de se modernizarem, em termos organizacionais, com o auxílio de profissionais que possam dar essa assessoria, ou ainda prevalece uma gestão tradicional, nos quadros de pessoal, sem os novos conceitos corporativos?
R: As empresas normalmente adotam o modelo híbrido. Mas é indiscutível que para alguns cargos estratégicos as empresas optam pela mentoria externa. Foi percebido que investir em mentoria para seus times é uma alternativa exitosa. Uma oportunidade ímpar, compartilhar expertises, desenvolver habilidades, liderança e principalmente o desenvolvimento profissional. Sem dúvida alguma a Mentoria reforça a cultura do aprendizado.
Quais as dicas que daria para quem quer modernizar seu negocio, sua empresa em termos de pessoal?
R: Invistam nas suas soft skills, estejam atentos as ferramentas tecnologias disponíveis, mesclem suas equipes e contratem profissionais de gerações diversas, com perfis diferentes – Baby boomers, X, Y (ou millennials) e Z. Será um rica experiência, sem dúvida alguma desafiadora, mas os contrastes contribuirão para que essas pessoas com ideias diferentes juntem-se para solucionar os problemas da empresa, do seu negocio, e em termos pessoais vc certamente terá grandes aprendizados.
A baixa formação educacional em nosso país é um fator que dificulta a gestão de pessoas ou não há relação com esse dado?
R: Temos os 2 cenários, profissionais extremamente competentes e de alto nível, como também temos profissionais que necessitam do apoio e orientação da área de gestão de pessoas para desenvolvê-los. Não há justificativa para os profissionais interessados não recorrerem a recursos disponíveis para investir em conhecimento. Temos inúmeras plataformas de EAD que podem proporcionar isso a custos interessantes. Manter-se atualizado com as tendências do mercado, estudando, se aperfeiçoando é um requisito indispensável para manter-se atuante no mundo corporativo.
Considerações finais
R: Podemos encontrar barreiras culturais, preconceitos, estilos de liderança, comparações com os líderes do sexo masculino, mas creio que os comportamentos limitantes provavelmente ainda são os maiores obstáculos. Daí a importância do autoconhecimento como mecanismo para o desenvolvimento de novas habilidades e mudanças no comportamento. Invista no seu propósito, obstáculos serão encontrados, mas nem todos são intransponíveis. Com determinação, persistência e o olhar atento ao caminho percorrido, avaliando os erros e acertos certamente avançaremos em mais conquistas.
Fátima Santana é curiosa e estudiosa vive em constante busca de aprendizados e autoconhecimento. Inconformada com injustiças, luta por suas convicções e não se furta de expor opiniões, muito determinada, pragmática, objetiva, resiliente e leal.
Apaixonada por gestão e gente, atua como executiva há mais de 17 anos em empresas dos segmentos da indústria, construção civil e saúde.
Convido você a contribuir com esta coluna. Deixe seu comentário o que achou do tema, experiências que queira dividir ou até indicar quais temas devam ser abordados.
Comments